sábado, maio 25

Residência em obra desaba e deixa dois feridos

Um imóvel em construção na rua Itajá, no bairro Nova Parnamirim, desabou com seis pedreiros que trabalhavam na obra. O acidente, ocorrido às 11h de ontem, não teve vítimas fatais, mas deixou duas pessoas feridas. Seis pedreiros trabalhavam na laje do primeiro andar, quando a estrutura ruiu.


Residência foi isolada pelo Corpo de Bombeiros e poderá ser demolida após vistoria

Um dos operários ficou soterrado mas conseguiu ser retirado dos escombros antes mesmo das equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros chegarem ao local, segundo informações do Samu Metropolitano.

Dos seis operários, apenas dois foram levados a hospitais. Um, de 21 anos, foi levado para o Clóvis Sarinho com dores lombares, e o outro, de 53 anos, foi para o Deoclécio Marques, ambos conscientes. Os demais foram examinados no local e não precisaram ir a centros médicos. Nenhum dos trabalhadores sofreu ferimentos graves.

O local foi isolado pelo Corpo de Bombeiros e deverá ser interditado após vistoria da engenharia. “A estrutura foi bastante abalda. Há risco de novos desabamentos e é possível que precise ser demolida para retomar a construção”, disse o capitão Bezerra do Corpo de Bombeiros. Ainda não há informações sobre o proprietário ou construtora responsável pela obra. Mas, segundo o capitão do CB, pelas características da construção se trata de uma residência e não um prédio multiresidencial. “Quando chegamos ao local, os trabalhadores já não estavam. Somente na segunda-feira será possível checar os dados”, afirma.

O secretário de obras e urbanização de Parnamirim, Rogério Santiago, também esteve no local e estimou igual prazo para que a Secretaria possa confirmar se expediu alvará de construção para o imóvel.

Na fachada do imóvel há uma placa com indicação que a obra passa por fiscalização do Conselho Regional de Engenharia do Rio Grande do Norte (Crea/RN). A causa do desabamento não foi identificada e só será determinada após laudo técnico que será elabrado pelo CREA. Entre as possíveis causas, de acordo com o capitão Bezerra do CB, podem estar o uso de materiais de baixa qualidade e a falta de escoramentos. No local, moradores de prédios vizinhos preferiram não dar entrevista.

Fonte:http://tribunadonorte.com.br/
Túnel está na iminência de desabar

O túnel por onde passa o canal do viaduto do Baldo está com sua estrutura na iminência de desabar. A informação consta no laudo contratado pela Prefeitura e elaborado pelo engenheiro José Pereira. De acordo com Eunélio Silva, engenheiro e ouvidor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN), o laudo aponta a estrutura que sustenta duas das principais avenidas da cidade, a Rio Branco e Deodoro da Fonseca, como “podre” e que poderia “desabar a qualquer momento”. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Rogério Mariz, as medidas serão tomadas na primeira semana de junho.

Semopi promete iniciar obras de reparo no início de junho


Eunélio diz que a maior preocupação é porque a camada inferior da laje que separa a rua do canal está “totalmente deteriorada”, sem concreto. “A estrutura está a ponto de entrar em colapso”, alerta. O engenheiro considera que o ambiente em constante contato com a água e o tempo sem reparos, cerca de 30 anos, são os principais contribuintes para essa situação.

O secretário de Obras Públicas reconhece que o local está em situação de risco, mas afirma que as primeiras medidas devem ser tomadas na primeira semana de junho, após o órgão saber qual empresa ficará responsável pelos serviços no canal do Baldo e no viaduto. Segundo Mariz, a secretaria recebe o nome das empresas interessadas até a próxima segunda-feira (27) e na sexta-feira (31) será dada a ordem de serviço, que devem começar na semana seguinte.

Segundo o ouvidor do Crea, José Pereira teria recomendado, ainda no mês de dezembro do ano passado, o escoramento imediato da laje, devido às circunstâncias da estrutura de suporte. “O escoramento da laje daria estabilidade até que a Prefeitura passasse pelos trâmites de licitação”, diz Eunélio.

Rogério Mariz afirma que a empresa vai iniciar as obras interditando trecho de uma das avenidas que passam sobre o canal. “Será feita interdição dessas vias, mas não totalmente”, afirma o secretário. “A indicação é que as obras comecem pelo canal, e não pelo viaduto, devido ao estado mais grave da estrutura”, diz.

Segundo o titular da pasta, o valor de R$ 1,8 milhão para o serviço se mantém, assim como a previsão de conclusão da obra, estipulado entre seis e sete meses.

O prazo para as empresas interessadas na licitação para reparos no viaduto e no canal do Baldo, encerrado no dia 21 de abril, terminou e nenhuma das cinco empresas que compraram o edital apresentou proposta. Por isso, a Semopi pediu ao Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio Grande do Norte (Sinduscon/RN) que consultasse as empresas associadas para se manifestar caso haja interesse.

Segundo o presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar Júnior, as empresas BMB Engenharia e Vecon Construtora estão interessadas no projeto. O próximo passo no processo é escolher a empresa, organizar os contratos, para então dar ordem de serviço.

Memória

O viaduto do Baldo foi interditado no dia 4 de outubro de 2012, e assim deve continuar até o fim deste ano, devido à previsão de duração dos serviços de reparo e manutenção.

O tráfego no local foi interrompido após decisão do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Ibanez Monteiro da Silva, que atendeu em parte ao pedido do Ministério Público Estadual, feito devido à falta de manutenção na estrutura deteriorada.

Quando interditado, a Semopi teve dois meses para apresentar estudo técnico mostrando o grau de comprometimento da estrutura.

Antes de lançar o edital, a Prefeitura acreditava que as obras teriam início ainda no mês de maio, caso não houvesse atrasos no processo de licitação. Mas, devido à licitação deserta, o serviço já foi adiado em pelo menos um mês.

Enquanto as obras não são iniciadas, o local serve de abrigo para moradores de rua. Tanto em cima como embaixo do viaduto, pedintes e catadores de lixo improvisam barracas onde passam o dia e a noite.
Fonte::Tribuna do norte